sexta-feira, junho 20, 2008

Proteção contra sem-terra

Despacho judicial assinado quarta-feira proíbe invasões ou marchas ao redor dessa propriedade, de 1.165 hectares.Adecisão veta especificamente atos do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e de outros militantes de organizações de agricultores. Eles estão proibidos de se aproximar num raio de dois quilômetros da fazenda, conforme a juíza Alessandra Abrão Bertolucci, substituta na 2ª Vara Cível de Canoas.Situada às margens da rodovia Tabaí-Canoas (BR-386), a Granja Nenê é ladeada por um assentamento do MST e fica em frente a um acampamento de sem-terra. A fazenda foi invadida pelo menos cinco vezes desde 2004, quando foi instalado o acampamento dos agricultores. Foi constatada, também, derrubada de árvores com subtração de madeira, morte de animais, incêndios, destruição de parte da colheita e danos a veículos e máquinas.Em abril daquele ano, a proprietária da estância, Maria Cristina Portinho, conseguiu na Justiça um interdito proibitório - medida que veta invasões. Elas voltaram a acontecer mas, desde então, os autores da invasão são desalojados pela polícia sem necessidade de nova ordem judicial.Segundo juíza, invasão pode causar enormes prejuízosA magistrada que proibiu as marchas ao redor da Granja Nenê fundamenta seu despacho no fato de que a fazenda está situada no coração de um complexo energético industrial. Passam pelas terras da granja linhas de alta-tensão da Eletrobrás, dutos de óleo e gás e grande parte da produção do Pólo Petroquímico.Conforme analisa a juíza, uma invasão seguida de depredação pode causar enorme prejuízo econômico diante da paralisação do Pólo Petroquímico, além do comprometimento do abastecimento de combustível em todo o Estado, de possíveis colapsos no fornecimento de energia elétrica na região metropolitana de Porto Alegre e de água para boa parte do Estado, bem como a interrupção do trânsito na Estrada da Produção (BR-386).
fonte:Jornal Zero Hora

Um comentário:

Unknown disse...

Por mais que tentem me convencer, que esses movimentos podem levar o titulo de social, eu não aceito, e serei contra qualquer tipo de invasão.