terça-feira, março 10, 2009

Cumbica era usado por quadrilhas de tráfico internacional de drogas

O maior aeroporto do Brasil estava sendo usado por quadrilhas de tráfico internacional de drogas. Trabalhadores terceirizados do aeroporto de Cumbica, em São Paulo, recebiam dinheiro dos traficantes para facilitar a circulação de malas carregadas de cocaína. Um funcionário da Infraero e uma auditora da Receita Federal estão entre os presos. 

Uma operação de combate à corrupção para combater o tráfico de drogas. Por ordem da Justiça, foram presos funcionários de sete empresas terceirizadas que operam no aeroporto internacional de Cumbica, em Guarulhos.
A investigação de quase um ano e meio descobriu que quadrilhas de traficantes simplesmente "compraram" os serviços de gente com acesso às áreas restritas do aeroporto. Há mais de cinco anos estes funcionários eram pagos para transportar malas de cocaína para dentro dos aviões sem que as bagagens passassem por nenhum tipo de fiscalização. 

A Polícia Federal apurou que toda semana até 200 quilos de cocaína entravam em Cumbica por portões laterais. Acessos autorizados apenas para veículos credenciados. 

As bagagens recheadas de droga seguiam diretamente para a pista do aeroporto. 
Eram misturadas a outras malas e então embarcadas em voos internacionais. 

Tudo muito rápido, prático e perigoso. Nada passava pelo raio-x. Os principais destinos da cocaína: África do Sul, Holanda, Portugal e Espanha. 

A procuradoria da República denunciou o esquema criminoso à Justiça Federal em Guarulhos, que autorizou a monitoração dos acusados. 

Durante as investigações, já foram apreendidos mais de 500 quilos de cocaína e presos 30 traficantes. 

A operação desta terça-feira foi para desmantelar a rede de corrupção a serviço do tráfico. Além de funcionários terceirizados também tiveram a prisão decretada, um empregado da Infraero e uma auditora da Receita Federal que trabalha em Cumbica. 

Parte da cocaína, segundo o Ministério Público e a Polícia Federal, também era despachada para fora do Brasil pelos terminais de carga. E aqui, de novo, em vez de fiscalização, o que ocorria era facilitação.
Fonte:JH

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