Cerca de 90% das crianças em abrigos não estão disponíveis para adoção. São crianças que ainda têm algum tipo de vínculo familiar, mas estão abrigadas porque foram vítimas de maus tratos, negligência ou, mais basicamente, porque seus parentes não possuem condições materiais de criá-las. Pobreza, em resumo. Os pais perderam a guarda, mas não foram destituídos, explica o juiz.
O juiz Iasin entende que o Estado tem um papel fundamental neste processo. “Ele deveria abrigar a criança por três anos e ajudar a família nesse período. Do contrário, a família não consegue tirar a criança do abrigo”, defende. Hoje, o prazo máximo de abrigamento, como se diz, é de dois anos, após o qual os pais perdem o poder pátrio. “A adoção é uma medida extrema. Não foi criada para satisfação dos interesses dos adultos. É uma medida de proteção, instituída em nome das crianças”, diz o juiz. “Tenho hoje 66 crianças para adotar. Ninguém quer.” São grupos de irmãos, maiores de 7 anos, pardos ou negros, alguns com problemas de saúde.
O pior é o Fracasso: crianças adotadas e devolvidas.
O juiz Iasin Issa Ahmed é responsável por mais de uma adoção por dia na Vara de Santo Amaro, em São Paulo.
fonte: Site: último segundo
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