sexta-feira, junho 05, 2009

Feijó reafirma defesa de negócio

Vice-governador detalhou serviço que prestou à Ulbra

Depois de visitar o Ministério Público Federal para apresentar documentos que segundo ele comprovam a legalidade do contrato de prestação de serviços à Ulbra, o vice-governador Paulo Afonso Feijó – que até então só falava por meio do seu advogado – quebrou o silêncio.Em entrevista ontem em seu escritório na Avenida Nilo Peçanha, Feijó detalhou o serviço que prestou à Ulbra e disse que terá o maior prazer em ser questionado numa CPI.Ao MPF o vice-governador entregou os mesmos documentos que repassou aos jornalistas: a cópia do acordo de confidencialidade assinado com a Celsp, mantenedora da Ulbra, em 28 de junho de 2007, a “Carta Mandato” na qual a Celsp autoriza a A. Paulo Feijó Participações SA a negociar os hospitais e o plano de saúde da Ulbra, da mesma data, o termo de rescisão do contrato, de 10 de março de 2008, e a alteração do contrato social da empresa, formalizado em 18 de março do ano passado, quando se afastou da direção da APF.Feijó disse que sua empresa fez um levantamento dos bens da Ulbra e buscou potenciais investidores. Encontrou quatro interessados, e um deles chegou a fazer uma proposta de compra, mas o negócio não prosperou porque o então reitor da Ulbra, Ruben Becker, não autorizou a auditoria solicitada pelo investidor.– Quando o reitor nos disse “Aqui não tem auditoria, aqui é porteira fechada, tem de comprar no escuro”, decidimos rescindir o contrato – contou Feijó.O acordo firmado com a Ulbra previa o pagamento de R$ 20 mil mensais, em adiantamento, enquanto a APF estivesse trabalhando na preparação do negócio. Esse valor seria descontado na hora de a Ulbra pagar a “taxa de sucesso” de 3% prevista no contrato. Como a APF trabalhou sete meses e nunca recebeu nada, Feijó contabilizou dívida de R$ 140 mil. Na hora da rescisão, propôs à Ulbra o pagamento de R$ 90 mil à APF Participações, em duas parcelas, R$ 75 mil à empresa Votos Participações, subsidiária da APF, e de R$ 15 mil à Tasch Consultoria, subcontratada pelos Feijó. O vice diz que recebeu os 90 mil em parcelas de R$ 50 mil e de R$ 40 mil e que a Ulbra pagou R$ 15 mil à Tasch. Os R$ 75 mil não foram pagos:– São uns vigaristas, nunca pagaram as contas. Não vamos perder tempo em cobrar uma conta de alguém que está insolvente.Caso a Ulbra venda os hospitais e o plano de saúde para um dos investidores apresentados pela empresa dele, aí sim Feijó pretende cobrar a “taxa de sucesso” de 3%.
ROSANE DE OLIVEIRA
Zero Hora 05/06

2 comentários:

Unknown disse...

Mariana se esse homem falhar ai sim não da mais mesmo. Mas vamos esperar.

Anônimo disse...

Todos sabem e está na constituição, que se for funcionário público não pode prestar serviços para empresas privadas e tampouco ser sócio de uma delas. Mas FEIJÓ que não é um neófito, aliás é muito inteligente e próspero, prestou seus serviços a ULBRA que precisou dele para se aconselhar se poderia ou não receber dinheiro do Banrisul para salvar a sua situação. Isso é irregular porque sendo ele Vice-Governador, remunerado pelo Estado do Rio Grande do Sul, sabendo de todos os trâmites para burlar o Estado e suas finanças aceita ser consultor de uma empresa privada para ensinar a essa empresa como usar o dinheiro do Estado do Rio Grande do Sul com todas a facilidades. Como a YEDA, que não é trouxa, por isso é governadora, não lhe deu o BANRISUL, ele (FEIJÓ), começou a falar mal da YEDA e mentir inventando calúnias a respeito dela. PAULO ANTONIO FEIJÓ pisou no tomate e está na mira do Ministério Público que certamente vai lhe pedir contas do que fez ontra o Tesouro do Estado do Rio Grande do Sul. Sabe-se que quando um funcionário público deixa de ser funcionário público e quer trabalhar numa empresa privada deve passar por uma quarentena de no mínimo 6 meses. Porém FEIJÓ sempre foi o Vice-Governador, remunerado para tal função, e acabou dando um tiro no próprio pé. Se fosse permitido seria como a raposa cuidar do galinheiro.

Raul Senador (Canoas-RS)