A corrupção é mesmo tão grave no Brasil? Os brasileiros sentem-se cercados de autoridades prontas a cometer todo tipo de delito em troca de uma boa propina. Um levantamento inédito da Kroll Associates, multinacional de gerenciamento de risco, e da Transparência Brasil, ONG devotada à promoção da honestidade, divulgado na quinta-feira passada, ajuda a dimensionar como a corrupção faz parte do dia-a-dia das empresas brasileiras. Em lugar de perguntar a opinião dos entrevistados, como ocorre com a maioria das pesquisas, o levantamento da Kroll e da Transparência questionou uma centena de empresas e escritórios de advocacia de todo o Brasil sobre a experiência concreta de cada um deles com a corrupção. Algumas constatações da pesquisa:
em cada três entrevistados disse que a corrupção é comum no seu ramo de negócios.
Quase um terço das empresas (principalmente do setor industrial) já recebeu pedido de pagamentos "por fora" para facilitar a concessão de licenças e alvarás.
Metade das companhias já recebeu pedidos de propina em casos envolvendo impostos e taxas.
Metade das empresas que participaram de licitações públicas recebeu pedidos de propina.
Os policiais são os funcionários públicos mais corruptos, de acordo com a experiência das companhias ouvidas.
Num país com tanta corrupção, é conveniente separar logo o joio do trigo e exibir o joio: dos três níveis de poder, a esfera municipal aparece na pesquisa da Kroll/Transparência como a mais contaminada. O Ministério Público estima que, entre 1993 e 2000, só a máfia dos fiscais, que agia na prefeitura de São Paulo, impediu que 13 bilhões de reais chegassem aos cofres públicos em forma de impostos e taxas. O mais comum é que a propina seja um catalisador para acelerar a burocracia e agilizar a tramitação de papéis. Quem não quer pagar espera mais tempo para ter o habite-se ou o alvará. Nem sempre a moeda de troca é o dinheiro. Funcionários corruptos também pedem presentes e mordomias, emprego para parentes e, evidentemente, contribuições para campanhas eleitorais. Um comerciante pode ser obrigado a fechar as portas se não aceitar o pedágio cobrado por quadrilhas incrustadas nas repartições municipais.
fonte:veja on-line
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Um comentário:
mariana. a corrupção no serviço publico existe porque temos FUNCIONARIOS PUBLICOS CORRUPTOS...pois niguem rouba o dinheiro PUBLICO SO...SEMPRE TEM UM comparsa lá dentro...e cabe aos funcionarios publicos de bem denuncia-los...mas...não o fazem...por que???jader.-
Postar um comentário